domingo, 11 de maio de 2008

Um presente especial.

Tenho um amigo muito querido que me escreve textos lindos sobre os mais variados assuntos, mas seu preferido é falar de amor, de relacionamentos e de sensibilidade. Aliás ele anda em busca de pessoas assim na vida. Que sejam sensíveis e não tenham medo de expressar seus sentimentos. Trata-se de um romântico, na idade de ser. Ainda não foi corrompido pelas dores dos amores perdidos, a vida ainda não lhe ensinou a ter que modificar os sonhos, ele ainda está na idade em que planejamos cada passo e conseguimos por em pratica pela simples razão de acreditarmos ser possível. Os encontros e desencontros a que nos submetemos ao longo da jornada ainda não abalou seu fôlego.
Ele escreve muito bem, com a pureza dos que tem carater e o coração aberto.
Embora já tenha começado a entender que num grande número, as pessoas a sua volta foram e continuarão sendo facilmente corrompidas pela sede de ter e não de ser.
Concordo que o mundo está mesmo precisando entender o sentido da palavra “amor”, que as pequenas coisas é que dá o verdadeiro sentido da vida e que estar inteiro é melhor do que ser a metade de alguém.
Ele se pergunta e me pergunta, por que tudo isso?
Porque as pessoas se perdem de si mesmas e em si mesmas? Porque se fecham? Porque param de acreditar? Porque tantas máscaras, porque fogem?
Por medo meu amigo. Medo da dor, que as vezes é uma velha conhecida e gosta de visitas frequentes. O medo da dor paralisa a maioria das pessoas. E a dor em si as desespera.
A maioria delas também corre tanto de um lado para o outro e estão sempre tão sem tempo que esquecem o poder que um abraço apertado, a troca de olhar sincero ou um longo beijo roubado tem.
Te digo que elas tem sim um coração, que tenta entender por que a cabeça teima em sabota-lo tanto, mas nem sempre consegue em tempo.
E o tempo, meu querido, o tempo é o único amigo verdadeiro que temos. Se nele aprendermos a confiar, todas as respostas nos serão dadas. A tempo. De não deixarmos de acreditar, de renovarmos os sonhos mas não desistirmos deles. De entendermos o propósito da dor e não precisarmos mais fugir dela.
E assim seguirmos em frente com o coração já não tão aberto, mais inteiro. E quando for o momento certo estar pronto para amar de novo e se deixar amar, sem pressa, sem satisfações a dar, sem comparações a fazer, sem medo!
Obrigada pelo seu carinho sempre.
Continue buscando, acreditando e sobretudo sem medo de amar!

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